Secreções vaginais: quando são ou não normais?
As secreções vaginais podem preocupar muitas mulheres, mas nem sempre são sinais de problema. Elas são, na verdade, uma resposta fisiológica do organismo¹ e um indicativo de como anda a saúde da vagina. Por isso, é importante ficar atenta aos sinais do corpo.
Quando a secreção é normal?
A flora vaginal é composta, principalmente, por Lactobacillussp, que são bactérias do bem e inibem o crescimento de outras bactérias que prejudicam a saúde vaginal². As secreções naturais do organismo tendem a ser de cor clara ou esbranquiçada, e não possuem nenhum cheiro¹.
Quando a secreção não é normal?
Alterações na cor, consistência e odor das secreções indicam uma desordem da microflora natural da mulher. As maiores causadoras dessa desordem são as vaginoses bacterianas, tricomoníases e candidoses¹.
Com a diminuição das “bactérias do bem”, ocorre também a proliferação de muitas outras bactérias anaeróbicas, que desencadeiam a vaginose bacteriana. A Candidasppe aTrichomonasvaginalissão dois de vários micro-organismos responsáveis pelos corrimentos anormais¹.
E, atenção: a falta de cuidado com a higiene íntima ou o excesso também podem ser fatores que causam esses desequilíbrios. Então, higienize a sua área íntima com moderação! ;)
Como identificar quando há algo de errado?
Você deve ficar atenta à mudança de cor, consistência e odor da secreção. A cor do corrimento anormal costuma ser um tom branco acizentado e pode variar para um branco esverdeado ou amarelado, dependendo do agente causador¹.
Nem sempre os sintomas de uma vaginose aparecem. Muitas mulheres apresentam vaginoses assintomáticas. Por isso, é de extrema importância visitar um ginecologista regularmente¹.
A melhor maneira de garantir a saúde vaginal é consultar um especialista regularmente, tanto para a prevenção quanto para o tratamento de possíveis problemas. O não tratamento de vaginoses pode acarretar problemas mais sérios.
A flora vaginal é composta, principalmente, por Lactobacillussp, que são bactérias do bem e inibem o crescimento de outras bactérias que prejudicam a saúde vaginal².
Referências:
1) Almeida MS, Barbosa FHR, Proietti Junior AA et al. Prevalência de micro-organismos em secreções vaginais de pacientes atendidas na Unidade de Saúde Mazagão - AP/Brasil de 2009 a 2010. BioTerra. 2013; 13(1).
2) Santos RCV, Pulcinelli RSR, Vizzotto BS et al. Prevalência de Vaginoses Bacterianas em pacientes ambulatoriais atendidas no Hospital Divina Providência. Porto Alegre - RS. NewsLab. 2006; 75.