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A endometriose é uma doença crônica caracterizada pelo deslocamento de tecido do endométrio para outras regiões do corpo, como ovário, trompas, bexiga, intestino e cavidades abdominais. É muito comum em mulheres em idade fértil e pode comprometer a qualidade de vida e capacidade reprodutiva delas¹.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 190 milhões de meninas e mulheres sofrem com essa doença no mundo todo². Apenas no Brasil, estima-se que mais de 8 milhões de brasileiras já foram diagnosticadas³.
Em 2022, mais de 10 mil procedimentos hospitalares relacionados à endometriose, incluindo internações, foram realizados apenas pelo Sistema Único de Saúde (SUS)³.
Tendo isso em vista, criamos aqui um guia completo com tudo o que você precisa saber sobre essa condição crônica.
Convidamos você a continuar a leitura e conferir nas próximas linhas:
Podemos definir a endometriose como uma doença em que partes do endométrio migram para outras regiões do corpo da mulher em vez de serem expelidas na menstruação. Quando caem em locais como o ovário, a cavidade abdominal, as tubas uterinas, a bexiga e até mesmo o intestino, as células do endométrio continuam se reproduzindo, causando inflamação crônica e muita dor¹.
O endométrio é o tecido que reveste a camada interna do útero. Durante o ciclo menstrual, ele se torna mais espesso devido ao aumento nos níveis de estrogênio4.
A intenção desse espessamento é tornar o útero um ambiente favorável para que um possível óvulo fecundado consiga se implantar e se desenvolver4.
Porém, quando a mulher ovula, mas não ocorre a fecundação com um espermatozóide, o endométrio descama. Ou seja, todo o tecido extra criado para receber o óvulo fecundado se descola da parede uterina para, então, ser eliminado na menstruação4.
Acontece que, em mulheres com endometriose, esse tecido faz o caminho contrário. Em vez de sair, ele “volta” e se aloja em outros órgãos, como no próprio útero (na parte externa), nos ovários, nas trompas de falópio, na vagina, no apêndice, na bexiga e no intestino5.
Fonte: Médicos na Mídia
Quando o endométrio se instaura em mais de mais de 5mm do tecido de outras regiões do corpo, considera-se este um quadro de endometriose profunda6.
Essa é a forma mais severa dessa afecção inflamatória no útero e outros órgãos. As dores são muito intensas e há um alto risco de causar infertilidade na mulher6.
Entenda melhor sobre essa forma da doença no vídeo abaixo:
A ciência ainda não consegue apontar com exatidão o que causa endometriose.
Como você já sabe, trata-se de um funcionamento anormal do organismo da mulher e que pode causar inflamação e dores intensas em diferentes órgãos em que o tecido de endométrio se instaura7.
Porém, apesar de não haver uma causa específica para essa doença, existem alguns fatores que podem contribuir para que a mulher desenvolva um quadro de endometriose no ovário, no útero e em outras regiões do corpo7.
A menstruação retrógrada é uma condição em que parte do fluxo menstrual faz o caminho contrário. Ou seja: em vez de sair, o material da menstruação “volta” pela cavidade pélvica e pelas trompas de falópio8.
Durante essa movimentação reversa, parte do tecido endometrial pode se agarrar e se multiplicar em outras partes do corpo, ocasionando o quadro de endometriose8.
A metaplasia celular ocorre quando um tipo de célula se transforma em outra. Há casos de endometriose em que as células que formam o tecido externo do útero se transformam em células que se assemelham às do tecido endometrial. Elas, então, desenvolvem-se e desencadeiam um quadro de útero com endometriose7.
O estrogênio é o principal hormônio responsável por tornar o endométrio mais espesso para receber um eventual óvulo fecundado no útero9.
Porém, quando a mulher apresenta um nível elevado de produção desse hormônio, esse tecido pode crescer mais do que o necessário. Dessa forma, quando ele se desprende para ser eliminado na menstruação, há mais chance de esse tecido migrar para outros locais do corpo e causar inflamação9.
Esse estímulo ao maior espessamento do endométrio também pode ocorrer nos casos em que a mulher faz a reposição inadequada de estrogênio, sem o devido acompanhamento médico9.
São inúmeros os estudos que se dedicam a identificar a relação entre o sistema imunológico e a ocorrência de endometriose. Apesar de ninguém ainda ter chegado a uma conclusão taxativa que aponte a endometriose como uma doença autoimune, as evidências existem10.
O que leva muitos pesquisadores a acreditarem nessa relação é o fato de que o sistema imunológico não identifica as células de endométrio ectópico como uma anomalia.
Ou seja, o corpo não entende que aquelas células que crescem fora na cavidade uterina não pertencem àquele local e que, portanto, devem ser combatidas10.
Esse comportamento das células de defesa de “fazer vista grossa” para essa anomalia alimenta a tese que a endometriose pode ser uma doença autoimune10.
O enfraquecimento imunológico permitiria a proliferação dos tecidos ectópicos, além de reações inflamatórias e variações que agravariam a condição10.
O fator genético também é apontado como uma das possíveis causas. A mulher que já apresenta histórico familiar da doença - principalmente entre parentes de primeiro grau, como mãe e irmãs - está mais propensa a desenvolver o quadro7.
Mulheres que nunca engravidaram (nulíparas) também apresentam mais chance de multiplicação de células do endométrio fora do útero. Para entender essa relação, precisamos falar um pouco sobre o ciclo reprodutivo da mulher e a ação dos hormônios estrogênio e progesterona11.
Primeiramente, esses dois hormônios influenciam a multiplicação das células endometriais - tanto as originárias do interior da cavidade uterina como as que se instauram fora dessa cavidade (endométrio ectópico)11.
Antes da fase ovulatória, os níveis de estrogênio aumentam. Um dos motivos para isso é estimular o espessamento do tecido endometrial para receber um óvulo possivelmente fecundado11.
Depois que a mulher ovula, entra em cena o corpo-lúteo, que é responsável pela produção de progesterona11.
Esse hormônio tem ação contrária à do estrogênio no que se refere à multiplicação das células do endométrio. Enquanto o estrogênio deixa o endométrio mais espesso, a progesterona interrompe essa multiplicação celular e estabiliza a irrigação desse tecido11.
Se o óvulo for fecundado, culminando em uma gravidez, a mulher estará exposta à ação da progesterona por mais tempo. Isso porque tanto o corpo-lúteo (nos 3 primeiros meses de gestação) como a placenta atuam para manter os níveis de progesterona mais elevados até que a gestação chegue ao fim11.
Por outro lado, em mulheres que nunca engravidaram, a exposição a altos níveis de progesterona se limita a pequenas janelas do ciclo reprodutivo. Dessa forma, o estrogênio tem mais espaço para agir sobre o endométrio das mulheres nulíparas, aumentando as chances de elas desenvolverem essa doença11.
A malformação do útero e do aparelho reprodutor pode dificultar que o fluxo menstrual corra normalmente, favorecendo a regressão do material que deveria ser expelido em outros órgãos12.
Alguns exemplos de malformações que podem favorecer essa afecção inflamatória são12:
Essas malformações sobrecarregam as barreiras imunológicas ao intensificarem o refluxo nas tubas uterinas12.
Os sinais de endometriose podem se manifestar de diferentes formas nas mulheres, considerando as especificidades de cada organismo. Sem perder isso de vista, é possível apontar como principais sintomas13:
Sim, endometriose dói. Durante o ciclo menstrual, é normal que as mulheres sintam cólicas devido ao processo de contração do útero para eliminação do endométrio13.
Porém, quando esse tecido que reveste a parede interna do útero escapa e se multiplica em outros locais, as cólicas tendem a ser mais intensas - especialmente se o endométrio ectópico se instalar na cavidade abdominal13.
A reação inflamatória causada pelo endométrio ectópico também pode causar desconforto e dor para as mulheres durante as relações sexuais13.
Mulheres diagnosticadas com essa doença podem passar por episódios de sangramento e dores ao urinar ou evacuar. Esse sangue pode ser parte do tecido endometrial que se decolou de outros locais que não a cavidade uterina13.
A mulher tende a ficar mais indisposta para realizar suas atividades diárias. A inflamação vem acompanhada de uma sensação de cansaço excessivo e corpo pesado13.
Quando as células do endométrio se desenvolvem no tecido intestinal, um dos sintomas de endometriose que a mulher pode ter é a diarreia no período menstrual14.
No entanto, é importante pontuar que nem sempre a diarreia durante esse período deve ser encarada como um dos sinais de endometriose.
Se ela vier acompanhada dos outros sintomas supracitados, procure um médico para avaliar o seu quadro, solicitar os exames necessários e, caso se confirme, dar início ao tratamento da endometriose14.
Fonte: Médicos na Mídia
Para diagnosticar um ovário ou útero com endometriose, o médico ginecologista realiza o exame clínico. Nesse primeiro momento, o profissional observa os sintomas de endometriose apresentados pela paciente e faz uma avaliação do canal vaginal e do colo do útero15.
Em um exame minucioso de toque vaginal, o médico especialista observa a posição do útero, se há mobilidade, como está o volume dos ovários e se existem nódulos vaginais15.
Para confirmar o diagnóstico, é comum que o ginecologista solicite exames laboratoriais (incluindo biópsia) e de imagem. Os exames que mais costumam ser solicitados são15:
Em relação a este último (ultrassom transvaginal), ele é muito útil para avaliar alterações não apenas na vagina, mas também no útero, nos ovários, na bexiga e nas alças do intestino.
Trata-se de um exame bastante dinâmico e muito solicitado pelos ginecologistas durante o diagnóstico dessa afecção inflamatória15.
Veja também:
Portanto, ao observar qualquer um dos sintomas que mostramos aqui, não hesite em procurar um médico para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento o mais rápido possível.
Falaremos mais sobre as opções de tratamento da endometriose daqui a pouco. Continue com a gente!
Um dos maiores riscos da endometriose está atrelado à infertilidade16. Além disso, a mulher pode desenvolver problemas renais, intestinais e até mesmo pulmonares17 18.
Entenda abaixo quais são os riscos que a endometriose oferece à saúde caso ela não seja corretamente identificada e tratada.
Quando não identificada e tratada de forma adequada, a doença pode evoluir para um estágio avançado e causar uma condição chamada hidronefrose. Basicamente, essa condição consiste na obstrução dos canais que conectam o rim à bexiga19.
A mulher pode ter como sintomas dificuldade para urinar e dor na região pélvica e genital19.
O endometrioma é um tipo de cisto que pode surgir nos ovários da mulher que tem endometriose. Essa condição oferece riscos para a capacidade reprodutiva da mulher, tendo em vista que esses cistos se formam em região próxima ao córtex do ovário e da “reserva ovariana”20.
Existe também um grande risco de a mulher desenvolver câncer no ovário. Apesar de não haver estudos que comprovem uma relação causal, várias pesquisas sugerem que a endometriose - quando não tratada - representa um fator de risco para desenvolvimento de câncer nesse órgão reprodutor21.
O intestino também pode ser afetado, com risco de desenvolver um quadro de obstrução intestinal. O tecido de endométrio ectópico que cresce no intestino tende a dificultar o funcionamento desse órgão e os hábitos intestinais da mulher22.
A chamada endometriose intestinal pode provocar a perfuração das alças do intestino e causar uma infecção generalizada22.
Essa é uma complicação mais rara de acontecer, mas não impossível. Algumas mulheres podem ter os pumões afetados pelo endométrio ectópico18.
Nesses casos, os principais sintomas são dor no peito e dificuldade para respirar, principalmente durante o período menstrual18.
Por fim, a infertilidade se configura entre os principais riscos da endometriose. Ao se espalhar por outras regiões do organismo, o tecido de endométrio ectópico pode provocar a inflamação de órgãos diretamente ligados à capacidade reprodutiva da mulher, como ovários e trompas16.
Esse processo inflamatório leva a uma cicatrização que pode causar mudanças na anatomia e no funcionamento desses órgãos, dificultando a fecundação e o desenvolvimento de embriões16.
No entanto, se a mulher fizer o tratamento adequado, é possível restabelecer sua capacidade fértil16.
Ambas as doenças tratam do deslocamento e crescimento de tecido endometrial fora da cavidade uterina. Mas a principal diferença entre a adenomiose e endometriose é o local em que esse tecido ectópico se desenvolve23.
Como você já sabe, a endometriose ocorre quando o tecido endometrial escapa para outras regiões fora do útero, como trompas, ovários, intestino e bexiga23.
A adenomiose, por sua vez, caracteriza-se pela migração de tecido ectópico apenas para o miométrio - que é a camada intermediária que reveste o útero23.
Entenda melhor a diferença entre adenomiose e endometriose na ilustração abaixo:
Fonte: Reproduce
É possível que a mulher tenha ambas as doenças simultaneamente. As duas oferecem risco para a fertilidade da mulher23.
Na adenomiose, o processo inflamatório pode intensificar o fluxo menstrual e provocar cólicas também mais intensas. Essas dores abdominais mais fortes se devem à formação de “bolsas” no miométrio23.
Os exames para diagnosticar a adenomiose são os mesmo que já citamos aqui, como ultrassonografia transvaginal e ressonância magnética. Este último ajuda a identificar as bolsas no miométrio23.
Com o diagnóstico precoce, tanto a endometriose como a adenomiose podem ser controladas com medicamentos23.
A endometriose é uma doença crônica. Ou seja, não existe uma cura específica para essa condição que afeta tantas mulheres no Brasil e no mundo. No entanto, existem alternativas de tratamento que incluem o uso de hormônios, anticoncepcionais e até mesmo cirurgia24.
Mulheres que já tiveram filhos ou que não planejam ser mães podem estudar a possibilidade de remover os ovários e o útero. As intervenções cirúrgicas são recomendadas para formas mais graves da doença, como a endometriose profunda e a proliferação elevada do tecido ectópico24.
Para mulheres que não precisam fazer a cirurgia, o médico ginecologista pode prescrever o uso contínuo de alguns anticoncepcionais para que elas parem de menstruar24.
Existem medicamentos progestágenos que podem cessar as menstruações. Eles são administrados de diferentes formas: injeções, comprimidos, DIU, entre outros24.
Há também o análogo do GnRH. Esse é um tipo de medicamento que visa provocar na mulher sintomas semelhantes aos da menopausa. Isso é feito a partir da inibição dos hormônios estrogênio e progesterona24.
Apesar de essas opções medicamentosas para tratamento serem eficazes no controle da doença, elas podem gerar efeitos colaterais - tendo em vista que eles provocam mudanças hormonais significativas24.
Por exemplo, a mulher que interrompe sua menstruação com medicamentos pode experimentar sintomas como secura vaginal, perda de libido, variações no humor, osteoporose e ondas de calor24.
A endometriose é uma doença caracterizada pelo deslocamento do tecido que reveste a camada interna do útero (endométrio) para outras regiões do corpo da mulher. Em vez de ser eliminado na menstruação, esse tecido pode migrar para o ovário, trompas, intestino e bexiga e se desenvolver nesses outros órgãos¹.
As possíveis causas são menstruação retrógrada, metaplasia celular, níveis elevados de estrogênio, predisposição genética, nuliparidade e malformação do aparelho reprodutor7 8 9 10 11 12.
Os principais sintomas da endometriose são cólicas intensas, dor durante as relações sexuais, dor e sangramento ao urinar e evacuar, fadiga excessiva e diarreia. Eles podem se manifestar de diferentes formas nas mulheres, considerando as especificidades de cada corpo e o estágio em que a doença se encontra13 14.
E então, o que você achou deste guia completo sobre endometriose? Conseguimos esclarecer o que é essa doença, como ela age no organismo, suas causas, diagnóstico e tratamento? Tomara que sim!
Se ainda tiver alguma dúvida, conte nos comentários que a gente vai te responder o mais rápido possível, ok?
Ah, e lembre-se: a melhor forma de combater a doença é com a prevenção. Por isso, consulte regularmente o seu ginecologista e fique atenta aos sintomas dessa doença. Assim, será possível diagnosticá-la precocemente e garantir uma boa qualidade de vida com o tratamento adequado.
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